Eu não sei porque caralho homens feitos e adultos tiveram a necessidade de usar um francesismo (que é um eufemismo para paneleirismo) para decidir a certa altura que a minha “malinha das merdas” se passasse a chamar de nécessaire. Porque eu não recebi nada no mail ou SMS a pedir a minha opinião ou pelo menos a informar-me que isto mudou de nome. A minha malinha das merdas é só minha e tem as minhas merdas: tem a merda da minha escova de dentes, a merda da minha espuma da barba, a merda da minha lâmina BIC laranja, a merda do meu aftershave que dá para assar chouriços, a merda do meu corta-unhas e a merda dos meus cotonetes. E a minha malinha das merdas vai comigo quando necessário e não quando nécessaire.